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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Vocação existencial

Um dos focos da vida é buscar, incessantemente, meia dúzia de prazeres diários e doses homeopáticas de sensações memoráveis. Tudo isso com a mesma finalidade: não viver na merda. Este tipo de ação é intensificada nos últimos dois dias da semana.

Eu não sei por que, mas parece que algumas das pessoas que existem diante dos meus olhos se unem para entoar uma única verdade universal e não conseguem viver em paz se não cumpri-la. Essa verdade se resume em gastar toda a energia, grana e paciência alheia em prol de um fim de semana regado a agitação, euforia manipulada, falsa felicidade, libidinosidades e ressaca.

Até então nada muito perturbador. Mas um fator determinante para o horror  desta situação está na frequência dedicada a isso:

SEMPRE

Não, eu não estou fazendo curso preparatório pro celibato. Mas esta fase “eu gosto do estrago” já passou faz um tempo. E de fato foi POR UM TEMPO. Essa história de viver assim para sempre é uma coisa muito sambistabêbadofeelings. Deixa a vida me levar, vida leva eu? Não, obrigada! prefiro ficar aqui esperando o apocalipse.

Prazer mesmo é assistir filme, comer, ler, dormir,  navegar, assistir seriados, comer, assistir mais filmes, navegar, ler, comer, dormir, assistir outros filmes, comer... e THE END. 

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